Ai Weiwei, artista, pensador e ativista, cujos objetivos artísticos focam-se em questões prementes do nosso tempo. Com “Rapture”, Ai Weiwei traz-nos 85 peças inéditas em cortiça e mármore portugueses que coabitam no mesmo espaço de outras peças icónicas, sendo todas elas marcadas por um forte ativismo pelos direitos humanos.
Nesta vastidão de obras, o artista releva a sua sensibilidade com recurso a meios plásticos e audiovisuais, retratando a sua revolta sobre a crise ambiental, a crise global dos refugiados, a censura, a guerra, a perseguição política, as restrições à liberdade, a pobreza no mundo.
Peças como “Snake Ceiling” (2009), instalação em forma de cobra constituída por centenas de mochilas, com a finalidade de homenagear as mais de 5 000 crianças que morreram no terramoto de maio de 2008 na província de Sichuan (China), ou “Law of the Journey (Prototype B)” (2016), um barco insuflável de 16 metros de comprimento com figuras humanas que fazem alusão à crise global dos refugiados, são, certamente, dois dos inúmeros destaques desta exposição patente na Cordoaria Nacional, em Belém, até ao dia 28 de novembro de 2021.
Fotografias de Duarte Costa
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