Os acontecimentos da semana que marcaram as agendas políticas nacional e internacional e que devem ser seguidos com atenção nos próximos tempos
Fotografia da Semana
O Presidente russo Vladimir Putin e o seu congénere bielorrusso Alexsandr Lukashenko em reunião durante uma viagem de barco pelo mar Negro.
Seleção do Departamento de Política do Crónico
#1:Governo anuncia novas fases do plano de desconfinamento
Fonte: TVI24, 02 de Junho
● O governo português anunciou uma nova fase a começar a partir do dia 14 e outra a partir do dia 28 que se estenderá até ao final de agosto.
● Entre as medidas anunciadas, destacam-se a não-obrigatoriedade do teletrabalho, a queda progressiva de restrições de lotação nos transportes públicos e a introdução de uma diferenciação na matriz de risco para territórios de baixa densidade populacional.
● O PM António Costa especificou que o uso obrigatório de máscara deverá durar até ao fim do verão, afirmando que a situação de calamidade vai manter-se em vigor depois de dia 13 de junho, pois a “pandemia ainda não desapareceu”.
#2: Oposição israelita chega a acordo de coligação para formar governo
Fonte: Politico, 02 de Junho
● Oito partidos da oposição israelita, incluindo o partido árabe Raam, chegaram a um acordo multipartidário para formar um novo governo que poderá pôr fim ao mandato de 12 anos de Benjamin Netanyahu como primeiro-ministro.
● Pendente de aprovação parlamentar, o proclamado “governo de mudança” terá um sistema de rotação: o chefe do partido nacionalista Yamina, Naftali Bennett, será primeiro-ministro nos dois primeiros anos, passando depois o lugar ao centrista Yair Lapid.
#3: Comissão Europeia prolonga suspensão do limite do défice para 2022
● A Comissão Europeia aprovou esta quarta-feira a proposta para prolongar a suspensão das regras orçamentais da União Europeia para 2022, salientando no entanto que os limites aos défices públicos vão ser reativados em 2023.
● Porém, a Comissão avisa que a decisão de desativar a cláusula de escape geral deve ser tomada com base numa avaliação geral do estado da economia baseada em critérios quantitativos, com o nível de atividade económica na UE em comparação com níveis pré-crise como o principal critério quantitativo.
#4: Putin apoia governo bielorusso após detenção de jornalista da oposição
Fonte: Reuters, 29 de Maio
● O presidente bielorrusso Aleksandr Lukashenko foi recebido esta semana por Vladimir Putin na cidade costeira russa de Sochi, enquanto a Bielorrússia é alvo de sanções por parte dos países do Ocidente, que ambos os líderes acusam de ter tido “uma explosão de emoção”.
● De acordo com o porta-voz do Kremlin, os dois falaram de cooperação económica e da luta contra a pandemia, mas também do desvio de um voo da Ryanair, por parte do governo bielorusso, para a detenção do jornalista dissidente Roman Protasevich e da sua namorada que seguiam a bordo do avião.
#5: OMS aprova uso de emergência da vacina chinesa Sinovac
Fonte: Sic Notícias, 01 de Junho
● A decisão representa um sinal de segurança e eficácia para que os reguladores de medicamento de cada país aprovem o uso desta vacina. Além disso, permitirá que a vacina da Sinovac seja incluída no programa Covax, o sistema de distribuição de vacinas que visa principalmente os países mais desfavorecidos.
● A Agência Europeia do Medicamento está também a analisar os dados referentes aos ensaios clínicos da Sinovac, que foram submetidos no âmbito do pedido de autorização. Porém, ainda não é conhecida a decisão sobre a utilização deste fármaco na União Europeia, sendo que a vacina chinesa já foi distribuída por vários países através de acordos bilaterais.
#6: Alemanha reconhece genocídio colonial na Namíbia
Fonte: DW, 28 de Maio ; DW, 31 de Maio
● Após cinco anos de negociações, a Alemanha reconheceu como genocídio as atrocidades perpetradas no início do século XX contra os povos colonizados da atual Namíbia.
● Heiko Maas, ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, garantiu que o pacote financeiro acordado no valor de 1,1 mil milhões de euros será utilizado num prazo de 30 anos de acordo com os planos das comunidades locais afetadas.
● No entanto, representantes dos povos Herero e Nama apelaram à renegociação do acordo, acusando a Alemanha de ter negociado somente com o governo namibiano.
#7: Dinamarca e EUA acusados de espiar líderes europeus
Fonte: BBC, 01 de Junho
● Segundo informações divulgadas pela televisão pública da Dinamarca DR, que cita um relatório interno dos serviços secretos de Copenhaga, altos funcionários europeus (entre os quais Angela Merkel e o atual presidente alemão Frank-Walter Steinmeier) foram alvo de espionagem da agência de segurança norte-americana NSA com recurso aos "cabos submarinos na Dinamarca", entre 2012 e 2014.
● De acordo com as novas informações, a ajuda do governo dinamarquês possibilitou que a NSA realizasse escutas não apenas no telefone de Merkel como também nos de líderes de países nórdicos, como a Suécia e a Noruega, para além de investigar ministérios do próprio governo dinamarquês.
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