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Desigualdades no mundo: Economia 2021 em revista

de Joana Garrido Amorim




1. O Banco Mundial aprovou o financiamento da compra de vacinas e sua distribuição em mais de 60 países, com a maior fatia destinada aos países de África. O financiamento ronda os 6.3 mil milhões de €. Cerca de 300 milhões de vacinas contra a COVID-19 foram doadas a países em desenvolvimento. O Banco Mundial tem auxiliado os países em desenvolvimento, bem como reforçado os respetivos sistemas de saúde, acautelando as vulnerabilidades causadas pela pandemia.



2. Enquanto a Economia Mundial tem vindo a recuperar do pós-pandemia, alguns países continuam a apresentar crescimentos desiguais. Os países de baixo rendimento apresentaram um crescimento mais rápido e espera-se que seja superior face a países de rendimento elevado, aos BRICS e ao Resto do Mundo. Valores em percentagem de crescimento do PIB.




3. Com o prolongamento do fecho das escolas e com os poucos meios que os alunos tiveram ao seu dispor para a aprendizagem, a pobreza de aprendizagem aumentou em cerca de 70% principalmente nos países de baixo-médio rendimento. Por cada 100 crianças que vivem em países de baixo-médio rendimento, estima-se que cerca de 56 crianças não têm sofrido de pobreza na aprendizagem antes da pandemia. Atualmente, este número aumentou para 70. Apenas 30 em 100 crianças não estão em condições de pobreza na aprendizagem.



4. A COVID-19 aumentou o endividamento junto das economias desenvolvidas, o maior aumento em mais de 50 anos. O gráfico mostra a Dívida Governamental (amarelo) e a Dívida Privada (vermelho) nos mercados emergentes e nas economias desenvolvidas (EMDEs).

É importante notar o aumento abrupto da dívida, em especial da Dívida Privada durante a pandemia, não descurando o aumento acentuado que tem vindo a sofrer nos últimos anos.




5. Os preços elevados do Petróleo causaram um aumento dos preços de bens em geral.

Após a pandemia COVID-19, os preços do petróleo aumentaram de tal forma que a evolução resultou num aumento abrupto dos preços dos bens alimentares. O seguinte gráfico mostra os preços do petróleo (Energy) e os preços dos bens alimentares (Food) que aumentaram substancialmente desde a pandemia.




6. De acordo com as estimativas do Banco Mundial, as alterações climáticas serão responsáveis por fazer com que cerca de 132 milhões de pessoas vivam em extrema pobreza em 2030. Se esta tendência não for revertida, em 2030 estas pessoas viverão em situações de fragilidade, conflito e violência.


As alterações climáticas serão também responsáveis por fluxos migratórios entre países. Segundo o mais recente relatório divulgado pela ONG Groundswell, em 2050, cerca de 216 milhões de pessoas terão migrado do seu país de origem devido a alterações climatéricas. Relativamente aos países mais afetados, destacam-se a Ásia Subsaariana, a Ásia de Leste e o Sul da Ásia.

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