O Crónico e a Greve Climática Estudantil uniram-se para apresentar ao público a iniciativa Greve de Porta Aberta (criada e coordenada pela GCE).
Neste momento de pandemia, é importante não nos esquecermos de uma outra crise com consequências ainda maiores do que o COVID-19: a crise climática. A emergência climática que vivemos continua a não ser reconhecida como tal pela grande maioria dos governos, apesar de os últimos cinco anos terem sido os mais quentes de sempre e de o estudo encomendado pela ONU, baseado em mais de seis mil estudos científicos, declarar que temos cerca de dez anos para reverter o aquecimento global da Terra em mais de 1,5ºC. Esta subida de temperatura provocaria fenómenos naturais extremos, a subida do nível médio das águas do mar e a extinção de espécies em massa, com consequências catastróficas para a vida humana. Apesar destes dados dramáticos, continuamos a ser governados por uma lógica extractivista e consumista, sem que haja uma aposta na transição energética limpa nem na preservação dos recursos do nosso planeta. Enquanto cidadãos e activistas da Greve Climática Estudantil, a crise climática é a nossa prioridade.
Por isso, neste momento de quarentena, estamos a lançar uma campanha em que pretendemos abordar vários ramos científicos e temas sociais em relação com o ativismo climático. Vamos dedicar cada quinzena a um tema, publicando, na página do Facebook e no site da Greve Climática Estudantil, cinco artigos da autoria de especialistas e/ou ativistas, além de notícias relacionadas.
Queremos refletir em conjunto sobre como se interseciona o activismo climático com outras áreas disciplinares, como a Economia, a Filosofia, o Direito, a Geografia, a Sociologia, entre outras. As questões suscitadas pela crise climática são de tal modo complexas e estruturais que só uma abordagem sistémica e interdisciplinar do problema pode dar-nos respostas válidas
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