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SECA - Descobre mais sobre poupança e investimento

Ainda que diferentes, na medida em que a primeira ambiciona acrescentar valor e a segunda acumula apenas o existente, são ambas particularmente importantes e merecem o nosso tempo e atenção. Retém algumas das dicas enumeradas e descobre mais acerca desta dimensão.


Artigo de Sofia Escária

Para a rubrica SECA - Sabes Economia, Como Assim


O conceito de poupança corresponde genericamente à diferença entre o rendimento disponível e o total das despesas de consumo efetuadas por um determinado agente económico (família, Estado ou empresas), para satisfazer as suas necessidades. A poupança conhece valores positivos quando o nível de rendimento é superior ao montante consumido e negativos quando é utilizada, seja através do recurso a montantes acumulados em períodos anteriores ou ao crédito.


A propensão marginal para poupar corresponde ao valor poupado por unidade adicional de rendimento e tende a ser crescente e proporcional ao mesmo. Isto significa que quanto mais elevada for a riqueza de que dispomos, maior é a probabilidade de pouparmos, em detrimento de consumir bens primários (aqueles que saciam as nossas carências básicas, como as fisiológicas ou de segurança - em suma, as de sobrevivência).


A relevância que a poupança assume nos nossos dias é evidente, não só numa ótica de fomentar padrões de consumo intertemporais, racionais e sustentáveis, mas principalmente no sentido de acautelar o futuro e preservar um nível mínimo de bem-estar e de estabilidade ao longo das nossas vidas.


Podemos identificar múltiplas sugestões acerca de como fazer escolhas mais adequadas no nosso quotidiano. Muitas vezes não se trata de quanto auferimos, mas sim de quanto e no que gastamos, em particular no que diz respeito ao consumo supérfluo (que não é essencial) ou de lazer, que nem sempre é comedido ou refletido.


Desde planear as refeições da semana antecipadamente (prevendo, inclusive, combinações com amigos e familiares, bem como as refeições fora ou em take away), a fazer um orçamento e um mapa de despesas com todos os nossos gastos, através do qual monitorizamos a forma como utilizamos o dinheiro e reservamos parte para constituir um fundo de poupança. Este fundo pode ser agilizado se estabelecermos limites para cada tipo ou categoria de despesa que efetuamos e se definirmos um objetivo concreto que facilite a sua constituição e justifique o “sacrifício” que fazemos diariamente (preterindo gastar o dinheiro noutras coisas).


Devemos, logicamente, comparar os rótulos de produtos substitutos entre si e procurar selecionar alternativas mais rentáveis, que possam ser reutilizáveis ou que possuam maior longevidade. Importa também não esquecer nem desvalorizar o impacto que os bens e serviços a que recorremos possuem, em particular no âmbito de contratos que tenhamos celebrado, de empréstimos que tenhamos contraído ou de pagamentos que façamos através de débito direto ou crédito (porque frequentemente passam despercebidos na gestão orçamental de cada um e porque inúmeras vezes não são as soluções mais adequadas disponíveis).


Por outro lado, não é difícil para nós, jovens, arrecadar receitas adicionais (de forma ponderada) que complementem o dinheiro de que já dispomos. Podemos vender bens de que já não precisamos ou que não utilizamos (se não forem adequados para doar aos que mais precisam), bem como beneficiar da partilha de capacidades e conhecimentos que possuímos, auxiliando, por exemplo, a aprendizagem de outros.


De igual modo, é possível rentabilizarmos os resultados de passatempos e hobbies com os quais gostamos de ocupar os nossos tempos livres, ou até executar tarefas relacionadas com a gestão individual e doméstica de outros. Para esse efeito, podemos prestar serviços de apoio e consultoria nas nossas áreas de especialidade ou maior aptidão, fazer recados, revender artigos, participar em promoções ou até criar produtos, projetos e conteúdos.


Todas estas oportunidades constituem, no fundo, uma forma de investir, seja nos bens que nos pertencem ou nas competências com as quais contamos. O investimento corresponde, acima de tudo, à utilização de recursos para maximizar o rendimento disponível, enquanto que a poupança visa salvaguardar a preservação de uma parcela do rendimento para usufruto futuro. O investimento depende de diversos fatores, desde o nível de rendimento, às taxas de juro (quando se verifica recurso ao crédito), ao grau de risco associado, ao retorno esperado (considerando a rentabilidade do investimento), à confiança dos agentes económicos e às expectativas da evolução da economia.


O meio de investimento que se afigura hoje primordial considera a compra de imóveis, ações e demais ativos financeiros. Desde fundos de investimentos ou índices (ETF - Exchange Traded Funds) a Certificados de Depósitos Bancários, passando pela troca de moeda em mercados de câmbio como o Forex, a participação em mercados de opções ou de compra e venda de mercadorias (commodities), entre a aquisição de outros títulos privados.


Todos correspondem a formas diversificadas de investir o nosso dinheiro e obter algum retorno com o mesmo. As múltiplas aplicações que existem podem parecer complexas ou pouco seguras, motivo pelo qual o ideal passa por obter aconselhamento e orientação junto das instituições financeiras e entidades devidamente certificadas para o fazer, tanto no caso do investimento como da poupança.


Ainda que diferentes, na medida em que a primeira ambiciona acrescentar valor e a segunda acumula apenas o existente, são ambas particularmente importantes e merecem o nosso tempo e atenção.


Retém algumas das dicas enumeradas e descobre mais acerca desta dimensão.

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