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Sincopado #14

Do Coração

Rúbrica de Cristina Rogeiro

A cultura está de volta. Na sexta feira passada, Sara Correia apresentou o seu mais recente disco “Do Coração” no Tivoli BBVA, em Lisboa. A fadista, de apenas 25 anos, contou com duetos com António Zambujo e Luís Trigacheiro e foi acompanhada por uma banda de luxo: Diogo Clemente que produziu o disco (viola fado), Ângelo Freire (guitarra portuguesa), Marino de Freitas (baixo), Ruben Alves (piano) e Vicky Marques (bateria).


“Furacão” é o nome mais usado para falar da jovem intérprete que se reconhece fadista. mas quer ainda experimentar muitos géneros, com aproximações ao tango e ao pop. O disco da intérprete conta com composições de alguns dos maiores nomes da música portuguesa: Luísa Sobral no fado-tango “Dizer Não”, Carolina Deslandes com “Porquê do Fado”, Joana Espadinha em “Chegou Tão Tarde”, Vitorino com “Por Passares” e Diogo Clemente nos restantes. É um grande orgulho para cada um destes artistas poder eternizar os seus temas na voz madura e profunda de Sara.


O disco conta também com “Solidão”, um dueto com António Zambujo que, no primeiro dia em que ouviu a fadista no Sr. Vinho (com 15 anos na altura), afirmou ser a melhor cantora que já ouvira naquela casa de fados.


Sara Correia tem uma voz triste, mas um triste bonito com uns graves que atingem qualquer um no seu íntimo. É mais uma nova cara promissora no fado, mas não é apenas mais uma. Surpreende o público mas surpreende ainda mais quem escreve para ela, confirmando-se que é uma verdadeira força da natureza. Do Coração, Sara canta várias formas de amar e ser amado. Para ouvir e deixar-se tocar no mais profundo que há em nós.























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