Sincopado #8 - Having Everything Revealed
- Crónico.
- 23 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Esta semana a Cristina Rogeiro da revelação mais recente da música internacional H.E.R., vencedora da distinção "Canção do Ano" na edição deste ano dos Grammys

Seleção de Cristina Bokor Rogeiro
Cantora e estudante da Escola Superior de Música de Lisboa
A última semana foi marcada pela cerimónia dos Grammy Awards. H.E.R foi a vencedora na categoria de Song Of The Year com o tema “I Can’t Breathe”, uma das frases mais repetidas em 2020.

A cantora, compositora e também multi-instrumentista que ficou conhecida por “Best Part” com Daniel Ceaser, assume mais uma vez o seu propósito bem definido no seu nome artístico Having Everything Revealed. Pouco se sabe sobre a artista para além da sua música e assim cumpre-se o seu maior desejo desde o início da sua carreira: que oiçam a sua mensagem sem saber quem é, a sua idade ou imagem.
A primeira aparição pública de Gabi Wilson (ainda que nem todos a associem a H.E.R.) foi com 10 anos no programa de televisão americano Today Show, com o tema “If I Ain’t Got You” de Alicia Keys. A sua maturidade musical era já, nesta altura, inegável. É portanto um prodígio musical desde muito nova, tocando piano, guitarra, baixo e bateria, para além de ter uma voz inconfundível. Assinou com a Sony Music aos 14 anos e lançou o single de estreia “Something To Prove” ainda com o seu nome verdadeiro.
Em 2016 lançou o volume I do seu primeiro disco como H.E.R. em que na capa não se vê a sua cara, pois acredita que o mistério é uma metáfora de quem é. Já nesta altura a artista despertou muita curiosidade no público, que ouvia a sua música ainda sem conseguir reconhecê-la fisicamente. No entanto, com cada vez mais sucesso o seu anonimato fora daquilo que ouvimos começa lentamente a desvanecer.

H.E.R, de uma sensibilidade musical extraordinária e uma forma muito clara de comunicar, toca facilmente os seus ouvintes como no tema que agora vence um Grammy. Da sua forma única de fazer um R&B moderno a artista imortaliza, assim, o Black Lives Matter, movimento que marcou o ano de 2020.
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