top of page

Um banho gelado em território (quase) turco

Atualizado: 24 de set.

De Maria Madalena Freire


Após um jogo sofrido - com sorte e brasas espalhadas nos últimos minutos - contra a Chéquia, adivinhava-se um jogo sofrido contra a Turquia.


O 11 apresentado por Roberto Martínez foi diferente, com uma defesa a 4, libertando Nuno Mendes para lateral esquerdo e confiando na antiga e sólida defesa com Rúben Dias e Pepe.


Como sempre, Portugal venceu, mas não convenceu.


O jogo teve quase apenas uma direção: contra a baliza turca. Apesar dos muitos assobios dos milhares de turcos presentes em Dortmund (são grande parte da população imigrada na região), a Seleção não vacilou e dominou a partida.


No entanto, denota-se ainda alguma displiscência no ataque.


Preferimos as alas, valorizamos a velocidade e capacidade ofensiva de Cancelo e Nuno Mendes, mas acabamos por abafar a disrupção de Rafael Leão e de Bernardo Silva no último terço.


Cristiano Ronaldo tem jogado sem apoio e, por isso, a escassez de golos é evidente e a frustração do número 7 irá, sem dúvida, ser evidente nos próximos jogos se não fizer o que mais gosta: colocar a bola dentro da baliza.


A equipa não parece enturmada, mas com o nervosismo turco, a bola acabou por ir parar ao fundo das redes numa bola solta chutada por Bernardo Silva.


Ainda mais evidente se tornou o nervosismo da Turquia, quando num lance já perdido por falta de comunicação entre Cancelo e Ronaldo, a bola acabou por ser chutada pelo defesa turco na própria baliza.


Lá festejamos.


Na segunda parte, o Mundo testemunhou algo que cunha de "inédito": uma assistência de Ronaldo para Bruno Fernandes, quando era golo certo do número 7 em frente ao guarda-redes.


"Joga para a equipa", explicou Martínez sobre Ronaldo. Mas será que o Selecionador sabe pôr a equipa a jogar?

Foi um apuramento para os oitavos mais tranquilo ao que estamos habituados, mas as dúvidas permancem, pois não mostramos a qualdiade coletiva de uma Alemanha e de uma Espanha que parecem focadas e lançadas para chegarem à final.


No jogo contra a Geórgia, teremos 9 alterações no 11 inicial. Será que os suplentes irão surpreender o suficiente para terem lugar nas fases a eliminar do Euro? Uma coisa eu sei: Rúben Neves nem jogos amigáveis deveria jogar.


Nota especial para Pepe que, aos 41 anos, demonstrou mais garra e vontade que muitos jovens da Seleção que ainda nada ganharam pelas Quinas.


Venha a Hungria (candidato mais provável para defrontarmos nos oitavos) e que deixemos um sabor amargo na boca de Viktor Órban.



Comments


bottom of page