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Sincopado #4

  • Foto do escritor: Crónico.
    Crónico.
  • 23 de fev. de 2021
  • 2 min de leitura
O Sincopado esta semana faz uma homenagem a Đorđe Balašević, um dos grandes nomes da música sérvia. Uma personagem controversa politicamente, mas consensual quando falamos do legado e da importância para a música sérvia.


Seleção de Cristina Bokor Rogeiro

Cantora e estudante na Escola Superior de Música de Lisboa



Na última semana, deixou-nos Đorđe Balašević, popular cantor sérvio dos anos 80 que esgotava salas em Belgrado, Zagreb e Sarajevo. Nasceu em Novi Sad, na casa onde cresceu e onde morreu com 67 anos. Ficou conhecido pelas suas atuações de stand up comedy durante os seus concertos e por compor as canções da juventude de tantos.

Começou a escrever poemas na escola primária e cedo começou a sua carreira, inicialmente na banda da sua cidade Žetva, com o single de muito sucesso “U razdeljak te ljubim” (No risco te beijo), com influências de tango. Com o grupo de rock Rani Mraz, estreou-se no Opatija Festival com o famoso “Moja Prva Ljubav” (O meu primeiro amor).

Ganhou em 1979 o Split Festival e lançou 12 discos a solo, entre baladas, música popular, rock, blues e folk, começando em 1982 com o álbum de grande sucesso Pub. Era um homem controverso pelos seus ideais, chegando mesmo a lançar o álbum “Panta Rei” em 1988 em que fala do revolucionário comunista Josip Tito e caricatura a antiga Jugoslávia. Era também um romântico, tendo lançado em 2000 o álbum “Dnevik starog momka” (Diário de um velho rapaz), dando o nome de uma mulher a cada tema, terminando com “Olja je najbolja” (Olja é a melhor), dedicado à sua mulher.


Como o grande artista que era, o que fica é a sua música. Independentemente dos seus ideais políticos ou dos seus ouvintes (que podiam divergir bastante), as suas canções, que retratam momentos da vida de qualquer um, atravessaram fronteiras, sendo cantadas por sérvios, mas também croatas e bósnios.









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